Teófilo Laborne, gerente de Natação do Minas Tênis Clube, é o entrevistado do mês no Estrelas do Esporte

6 anos ago 0

Essa vida é boa demais. Quem começa uma conversa com Teófilo Laborne certamente ouvirá isso em algum momento. A frase não poderia retratar melhor o momento do gerente de Natação do Minas Tênis Clube, que foi campeão do Torneio Open-CBDA Correios e terminou o ano de 2018 como líder do ranking de clubes da CBDA. A vida, porém, já aprontou algumas para o mineiro que já foi recordista mundial e cravou seu nome na história do esporte brasileiro.
Em janeiro, Teofilo Laborne é o entrevistado do quadro “Estrelas do Esporte”:

CBDA: Como começou sua relação com a natação?
TL: Comecei na Natação com 7 anos, no Minas Tênis Clube. Iniciei inspirado pelo meu primo Marcus Matiolli, que havia acabado de ganhar uma medalha olímpica em Moscou, em 1980.

CBDA: Quando você viu que se tornaria um atleta profissional?
TL: Na verdade, no início, eu era bem ruim na Natação. Tive muitos problemas. O mais grave, aos 9 anos, um cisto aneurismático no fêmur que quase levou à amputação da minha perna, mas sempre fui muito resiliente e consegui superar todas as dificuldades. Comecei a despontar na categoria juvenil e, dali em diante, minha carreira despontou.

CBDA: Você tem uma história muito curiosa sobre a sua classificação para os Jogos Olímpicos de 1992. Como foi essa história?
TL: Acho que essa classificação olímpica foi um divisor de águas na minha carreira. Consegui a classificação na última chance que a CBDA promoveu. Foi uma tomada de tempos para alguns atletas que haviam ficado próximos ao índice olímpico.
A tomada de tempo aconteceu em dois dias. Eu havia me preparado muito e estava confiante de pegar a vaga no revezamento 4x100m livre, mas também tinha chances no 4x200m livre. Nadei nestes dois dias, porém sem sucesso e fiquei muito chateado. A CBDA ainda me deixou tentar mais uma vez no domingo e não deu certo. Fiquei muito decepcionado e pedi ao meu treinador para me tirar dos 200m livre que eu ainda poderia tentar. Ele insistiu muito, mas eu estava determinado a não nadar.
Fui à arquibancada falar com a minha mãe e quando disse que não ia nadar os 200m livre, ela falou muito na minha cabeça para não desistir. Briguei com ela e, quando desci da arquibancada, já estava na hora de nadar os 200m livre. De repente, mudei de ideia e saí correndo. Pedi para o árbitro me esperar para nadar.
Fui sem touca, com óculos de treino e sunga de treino. Nadei e me classifiquei para o 4x200m livre por 3 centésimos e aos 47 minutos do segundo tempo. Foi emocionante. Graças à minha mãe.

CBDA: De todos os seus momentos na Natação, qual é o seu preferido?
TL: Foram muitos momentos maravilhosos e, na verdade, as coisas mais marcantes e que ficam para vida toda acontecem durante a jornada na preparação e treinos. Porém, dos momentos de ápice, poderia destacar os dois recordes mundiais no 4x100m livre, sendo um em Santos em uma tentativa isolada de recorde e outro no Mundial da Espanha, onde nos tornamos campeões e recordistas mundiais em 1993.
Nadar a final olímpica um ano antes também foi significativo para mim, assim como o bronze conquistado no Mundial de Roma.

CBDA: Como foi a sua transição de atleta para dirigente?
TL: Quando parei de nadar, trabalhei na gestão da empresa da minha família por 6 anos, mas senti que não era aquilo que queria para minha vida. Então, fui convidado pelo Rogério Romero para trabalhar na equipe de gestão do esporte no estado de Minas Gerais. Alguns anos depois, o Minas me convidou para gerenciar a Natação.

CBDA: Hoje você comanda a equipe campeã do ranking nacional de 2018. Como é ver que seu trabalho está dando certo?
TL: Fico extremamente feliz de poder ver o resultado de um trabalho de dez anos que faço com muita alegria, vontade e dedicação. Tenho uma gratidão enorme pela natação e pelo Minas Tênis Clube onde aprendi tudo que sei. Nosso foco é na formação de campeões da vida, não apenas na piscina, o que torna tudo mais desafiador e gratificante. É muito bacana poder acompanhar a trajetória dos nossos atletas desde as categorias iniciais até o máximo que conseguem alcançar sempre buscando seu melhor. Essa vida é boa demais.

Departamento de Comunicação – CBDA

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