Revezamento 4 x 200m livre fica em sétimo no Mundial e já pensa no Pan

5 anos ago 0

Luiz Altamir, Fernando Scheffer, João de Lucca e Breno Correia deixam a Coreia com a vaga para Tóquio 2020 e o recorde sul-americano. Nesta sexta, Fratus disputa a final dos 50m livre

Com a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio conquistada e o recorde sul-americano quebrado nas eliminatórias, quando terminaram o revezamento 4 x 200m livre com o tempo de 7min07s12, Luiz Altamir, Fernando Scheffer, João de Lucca e Breno Correia disputaram, na noite desta sexta-feira (26.07) em Gwangju, manhã de sexta-feira no Brasil, a final da prova. O time brasileiro terminou com o tempo de 7min07s64 e ficou na sétima posição. A equipe da Austrália (7min00s85) ficou com o ouro e foi acompanhada no pódio pelos nadadores da Rússia (7min01s81) e dos Estados Unidos (7min01s98).

O próximo desafio do quarteto brasileiro do revezamento 4 x 200m livre será nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. O tempo de descanso é curtíssimo, mas Breno Correia, que fechou a disputa para o Brasil, disse que todos estão preparados.
“Vou conseguir passar dois dias ainda no Brasil antes de viajar para Lima. Então vou ter um tempo para ver a família, descansar e desfazer a mala. Isso vai ser importante, já que o fuso de São Paulo e de Lima é parecido”, declarou Breno.
“Esse é um ano atípico. Normalmente o Pan vem antes do Mundial, mas a gente estava ciente disso e já vinha se preparando para essa situação, de acabar uma competição e emendar na outra. Nós estamos preparados, com vibrações positivas, buscando situações melhores para os revezamentos, que para o Brasil agora têm um nível mundial, tanto no 4 x 100m quanto no 4 x 200m. Esperamos que o 4 x 100m medley também chegue nessa situação. Saímos satisfeitos com nosso resultado. Infelizmente não conseguimos o que queríamos hoje, mas as projeções para o futuro são positivas”, continuou Breno.

Caeleb Dressel. 50m livre. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 26 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Três recordes pulverizados
Quem compareceu ao centro aquático da Nambu University para acompanhar a rodada noturna nesta sexta-feira assistiu a três momentos históricos, com quebras de recordes mundiais. O primeiro foi durante a semifinal dos 100m borboleta. A prova contou com a presença do brasileiro Vinicius Lanza, que terminou na 12ª posição geral, com 51s92, e não avançou à final. “Tentei o máximo passar forte para conseguir um tempo melhor, mas não consegui nadar a prova do jeito que eu queria”, lamentou Lanza.

A disputa foi marcada por mais um show do fenômeno norte-americano Caeleb Dressel, de 22 anos, dono de 10 ouros em mundiais, quatro deles conquistados na Coreia, onde ainda foi prata no revezamento 4 x 100m medley misto. Dressel superou o recorde mundial da prova, que pertencia a Michael Phelps, com 49s82, e que havia sido estabelecido em 1 de agosto de 2009, no Mundial de Roma, quando o maior medalhista da história das Olimpíadas nadou com os super maiôs, trajes especiais que reduziam o atrito na água e que foram banidos no fim de 2009. Caeleb terminou a semifinal com 49s50, reduzindo a marca de Phelps em 32 centésimos de segundo.
Com isso, resta a Phelps um único recorde mundial em provas individuais: nos 400m medley (4min03s84), já que seu recorde nos 200m borboleta também foi dizimado em Gwangju pelo húngaro Kristof Milak, de 19 anos. Ele nadou a distância em 1min50s73, reduzindo o antigo recorde de Phelps, também obtido em Roma 2009, com os super maiôs, em incríveis 78 centésimos.
Logo depois do show de Dressel, outro recorde mundial foi quebrado, desta vez nos 200m costas feminino. A norte-americana Regan Smith destruiu a marca de sua compatriota Missy Franklin, estabelecida em 2012, que era de 2min04s06. Smith terminou a semifinal com 2min03s35.
Depois disso, na final dos 200m peito masculino, o russo Anton Chupkov conquistou o ouro com o tempo de 2min06s12. O recorde mundial anterior, de 2min06s67, pertencia ao japonês Ippei Watanabe, que nadou a prova nesse tempo no Mundial de Budapeste, em 2017, e que tinha sido igualado nesta quinta-feira (25.07) pelo australiano Matthew Wilson, durante a disputa das semifinais.

Bruno Fratus. 50m livre. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 26 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Fratus na final dos 50m livre
Também na noite desta sexta-feira, os brasileiros Bruno Fratus e Marcelo Chierighini disputaram a primeira das séries da semifinal dos 50m livre. Bruno terminou com o tempo de 21s53 e avançou à final com o segundo melhor tempo, atrás apenas de Dressel, que cravou 21s18. Já Chierighini fechou a disputa em 22s19 e terminou na 16ª posição, fora da briga por medalhas.

“Eu fiquei até impressionado de ser o segundo mais rápido. Achei que ia ter muita gente batendo em tempos mais rápidos”, disse Fratus, que fez uma prova de recuperação após ter saído atrás dos rivais. A exemplo de outros nadadores, ele reclamou do tempo que os juízes estão levando para dar a saída neste Mundial.
“O juiz caiu no sono, o cara dormiu. Eu ainda não tinha sentido isso. Na eliminatória não senti, no revezamento também não. Eu tenho prestado atenção nas saídas. Mas nessa agora eu estava lá e meio que pensava: ‘E aí? Vamos ou não vamos?’. Como é que o cara dá uma saída de mundial desse jeito?”, criticou o brasileiro.

Investimento
Dos 21 atletas presentes ao Mundial de Gwangju, 15 são beneficiados pelo Bolsa Atleta do Governo Federal. São eles: Bruno Fratus, Pedro Spajari, Luiz Altamir Melo, Fernando Scheffer, Breno Correia, Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Leonardo Santos, Caio Pumputis, Brandonn Almeida, Diogo Villarinho, Guilherme Costa, André Calvelo, Etiene Medeiros e Viviane Jungblut. O investimento nesses atletas é de R$ 1,2 milhão por ano.
Desses 15 nadadores, dez recebem a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do programa, voltada para atletas com chances de medalha em Tóquio 2020. São eles: Brandonn Almeida, Bruno Fratus, Diogo Villarinho, Fernando Scheffer, Guilherme Costa, Guilherme Guido, João Lucas Gomes, Luiz Altamir Melo, Pedro Spajari e Viviane Jungblut. O investimento anual nesses atletas é de R$ 1 milhão.
No total, 263 nadadores de todo o país são bolsistas, fruto de um investimento de R$ 3 milhões por ano.

Dos 21 atletas que nadarão no Mundial de Gwangju, 15 são beneficiados pelo Bolsa Atleta do Governo Federal. São eles: Bruno Fratus, Pedro Spajari, Luiz Altamir Melo, Fernando Scheffer, Breno Correia, Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Leonardo Santos, Caio Pumputis, Brandonn Almeida, Diogo Villarinho, Guilherme Costa, André Calvelo, Etiene Medeiros e Viviane Jungblut. O investimento nesses atletas é de R$ 1,2 milhão por ano.
Desses 15 nadadores, dez recebem a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do programa, voltada para atletas com chances de medalha em Tóquio 2020. São eles: Brandonn Almeida, Bruno Fratus, Diogo Villarinho, Fernando Scheffer, Guilherme Costa, Guilherme Guido, João Lucas Gomes, Luiz Altamir Melo, Pedro Spajari e Viviane Jungblut. O investimento anual nesses atletas é de R$ 1 milhão.
No total, 263 nadadores de todo o país são bolsistas, fruto de um investimento de R$ 3 milhões por ano

Luiz Roberto Magalhães, de Gwangju, na Coreia do Sul – rededoesporte.gov.br
Fotos Satiro Sodré

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