Retrospectiva 2017 dos esportes aquáticos no Brasil e o próximo ciclo olímpico

7 anos ago 0

O ano de 2017 foi de mudanças para os esportes aquáticos do Brasil. Após a eleição que colocou Miguel Carlos Cagnoni à frente da CBDA, novas medidas foram tomadas para levar os atletas e cada uma das cinco modalidades ao caminho do sucesso e crescimento dentro e fora do país. A gestão, que vai até 2021, fará, agora, todo o planejamento visando os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e de Paris 2024.
Segundo o presidente da CBDA, Miguel Carlos Cagnoni, o ano de 2017 marca o ressurgimento dos esportes aquáticos do Brasil perante o mundo e dá a esperança de que as cinco modalidades cresçam e voltem a figurar entre as potências esportivas nos próximos anos.
“O Brasil sempre esteve entre os melhores países do mundo e nós vimos, no Mundial de Budapeste e em outras competições neste ano, que nossos atletas têm qualidade para estarem entre os melhores. Nosso objetivo é fazer com que todos os cinco esportes estejam estruturados, desde as categorias de base até o profissional, para que esses frutos sejam colhidos daqui quatro, oito ou 12 anos. Vimos, em 2017, que o esporte pede transparência e, por isso, fui eleito inclusive com voto da comissão de atletas. É uma responsabilidade muito grande representar todos os atletas e praticantes de esportes aquáticos no país e nada melhor do que trabalhar para corresponder à essa expectativa”, explicou o presidente da CBDA.

Confira a retrospectiva de 2017 na visão de cada supervisor de modalidades da CBDA

Maratona Aquática
O ano de 2017 foi, mais uma vez, histórico para a modalidade no Brasil. Ana Marcela Cunha conquistou mais uma medalha de ouro em Campeonatos Mundiais, Allan do Carmo terminou o ano como vice-campeão do Circuito Mundial, além do anúncio da aposentadoria da única medalhista olímpica do Brasil nas maratonas aquáticas, Poliana Okimoto. Para o supervisor da modalidade da CBDA, Ricardo Ratto, o ano de 2017 ficará marcado para sempre.
“Foi um ano muito complicado, quando poderia não ter acontecido boa parte do que aconteceu. No início da gestão, existia a possibilidade desses atletas não participarem de algumas etapas do Circuito Mundial e isso prejudicaria muito os resultados no fim da temporada. Acreditamos no projeto, conseguimos viabilizar as viagens e os atletas mostraram que valeu todo o esforço. Além de coroar o ano com uma despedida linda de um ídolo do esporte que é a Poliana”, falou.

Nado Artístico
No nado artístico, o grande destaque de 2017 foram os dueto formado por Giovana Stephan e Renan Alcântara, e Maria Clara Lobo e Luisa Borges, no Mundial de Budapeste. O dueto misto do Flamengo foi, pela primeira vez, finalista de um Campeonato Mundial. Para a supervisora da modalidade, Mônica Rosas, além da campanha do Mundial, há de se destacar o trabalho de base realizado em 2017.
“Tivemos o Renan e a Giovana indo muito bem no Mundial de Budapeste. A Maria Clara e a Luísa também tiveram bom desempenho na Hungria. Além disso, mantivemos nossa hegemonia na América do Sul. A equipe que foi ao Campeonato Sul-Americano foi muito bem e nos deixa bastante animados para o futuro da modalidade. O nosso trabalho é visando sempre finais de Mundiais e é isso que planejamos para o ano que vem”, relatou.

Natação
Depois de passar em branco nos Jogos Olímpicos do Rio, a natação brasileira ressurgiu no Mundial de Budapeste. Foram cinco medalhas conquistadas e destaques de peso na competição como Etiene Medeiros, Bruno Fratus e a reafirmação do revezamento 4x100m livre do Brasil entre as potências do mundo.
Para o supervisor de natação da CBDA, Gustavo Otuska, o ano vai além dos bons resultados obtidos tanto em Budapeste, quanto nas competições nacionais. As mudanças feitas ao longo dos últimos seis meses, segundo ele, são essenciais para o futuro da modalidade.
“Apesar de ter assumido há pouco tempo, conseguimos modificar os campeonatos e valorizar as provas olímpicas. Estamos ouvindo os treinadores para reformular a natação brasileira partindo da opinião dos treinadores e dos atletas. Conseguimos soltar o calendário de 2018 com uma antecedência grande, facilitando o planejamento das entidades e de atletas. Realizamos grandes campeonatos, tanto brasileiros de categoria, quanto absoluto de forma austera, mas de forma eficiente e de bom nível. Estamos tentando adequar a natação à modernidade”, conclui.

Pólo Aquático
No pólo aquático, segundo o supervisor da modalidade, João Francisco de Carvalho Pinto Santos, o grande destaque foi a parceria com a Liga PAB durante o ano de 2017. Além disso, ele destaca o planejamento para 2018 com a contratação do consultor técnico Rick Azevedo e o novo programa de seleções.
“O nosso grande destaque de 2017 é a liga nacional que percorre o ano todo e faz com que nossos atletas estejam sempre em atividade. Além disso, temos nossas atividades de implantação: contração do Rick Azevedo, um novo programa de seleções, a criação da escola nacional de pólo aquático e também a capacitação de árbitros. Tudo isso faz parte do nosso planejamento para 2018”, explicou.

Saltos Ornamentais
Nos saltos ornamentais, segundo Eduardo Falcão, supervisor da modalidade na CBDA, o ano foi de reestruturação para a modalidade. Após a aposentadoria de alguns dos principais nomes do esporte durante anos, 2017 foi a temporada para identificar novos atletas que possam representar o Brasil nas próximas edições de Jogos Olímpicos.
“Em 2017, tivemos a aposentadoria de atletas que representaram o Brasil durante anos. Por isso, nesta temporada, tentamos identificar novos competidores que estejam surgindo e qualificar ainda mais nossa Seleção como, por exemplo, com a clínica com o técnico chinês Hui Tong. Além disso, tivemos atletas medalhando nos Jogos Sul-Americanos da Juventude, fato que nos mostra que existe muito talento e trabalho nas categorias de base. A expectativa para 2018 é a abertura de novos clubes e a produção de novos saltadores”, resumiu.

De acordo com o diretor-geral de esportes da CBDA, Renato Cordani, os primeiros meses de nova gestão da CBDA foram de muito esforço para o cumprimento do calendário sem recursos públicos e com empenho para sanar as prestações de contas pendentes de 2015 e 2016.
“Estamos trabalhando com um orçamento apertado, em função da ausência de prestação de contas da gestão anterior. Conseguimos cumprir tudo o que prometemos sem dinheiro público e com uma redução de quase 80% do nosso maior incentivador, que são os Correios. Nosso trabalho, nestes seis meses, foi em prol dos esportes aquáticos e, por isso, todos os dias nos empenhamos para sanar todas as pendências de prestação de contas referentes a 2015 e 2016 perante ao COB. Estamos tentando limpar tudo com muita dificuldade, pouco dinheiro e mantendo todos os eventos com a qualidade que o desporto aquático merece”, disse.

Departamento de Comunicação – CBDA