Portugueses passam no teste da etapa da Taça do Mundo do Qatar de águas abertas

4 anos ago 0

Partiram 36 nadadoras para os 10 quilómetros da etapa da Taça do Mundo do Qatar da FINA CNSG Marathon Swim World. No final da primeira de cinco voltas ao circuito instalado na praia de Katara, em Doha, Mafalda Rosa era a portuguesa mais bem classificada ao contornar a boia na 10a posição, a 11 segundos da brasileira Ana Marcela Cunha que comandava. Já Angélica André optou por se ir fazendo a sua corrida ao terminar a primeira parte do percurso na 34a posição.

Aos quatro quilómetros, Mafalda reduziu para o 6 segundos a distancia da húngara Anna Olasz, que tinha passado para a frente, mas caiu para a 17a posição. A começar a recuperar estava Angélica que ocupava agora o 25o lugar da geral, a dez segundos da líder. No final da terceira volta, Angélica perdeu quatro posições e passou a estar a 17 segundos da italiana Rachele Bruni, que estava agora na liderança. Mafalda Rosa continuava colada e ocupava agora o 8o lugar, a 4 segundos.

Na passagem para a última volta ao circuito, Angélica André arrancou e contornou a boia no 14o lugar a 5.2 segundos da primeira, a nadadora britânica Danielle Huskisson. A apenas 3 décimas, em 12o passou Mafalda Rosa.

A vitória na competição feminina sorriu a Ana Marcela Cunha que percorreu os 10 quilómetros em 2:01:30.3. Na 16ª posição terminou Angélica André, a pouco mais de 11 segundos da vencedora, com o tempo e 2:01:42.0 e em 27o, a quase 29 segundos da brasileira finalizou Mafalda Rosa com 2:01:59.1.

Angélica André considera que “a prova foi boa, senti-me bem e foi bom voltar a competir, era disto que estávamos à espera, sentir este entusiasmo da competição. Agora é continuar a trabalhar“. Já Mafalda Rosa faz um balanço positivo apesar de um percalço “a prova correu muito bem. Boas sensações durante a prova toda . Estranhei um pouco estar tão fácil na primeira parte pois vinha preparada para um início de prova mais forte. Consegui estar sempre nas 15 primeiras mas com muito contato físico. Finalmente quando me preparava para a parte forte final tiraram-me os óculos num ato muito pouco desportivo. Com a água salgada e sem óculos nem conseguia ver os pés das minhas adversárias. Mas no geral, acho que foi uma excelente prova com muita aprendizagem e mais experiência.”

62 nadadores era o número de nadadores que partiram para os 10 quilómetros, entre eles os português Tiago Campos. Na primeira volta ao circuito na praia de Katara, a liderança pertencia ao Húngaro Kristof Rasovszky com Tiago Campos a contornar a boia na 42o lugar a 28 segundos do líder. Aos 4 quilómetros, Rasovszky mantinha-se na frente da corrida e o nadador português na 44a posição mas a encurtar a distancia para 23 segundos.

O ritmo da prova continuava muito elevada e no final da terceira volta, aos 6 quilómetros, houve alteração na frente da prova com o italiano Gregorio Paltrinieri a liderar, Tiago Campos subiu duas posições e reduziu a distância para 21 segundos. Na passagem para os últimos 2 quilómetros, Tiago Campos recuperou 14 posições arrancar para a volta final em 28o a 14 segundos do novo líder, o francês Marc-Antoine Olivier. Olivier acabou mesmo por ser o primeiro a cortar a meta com o tempo de 1:52:02.4 e Tiago Campos terminou na 20a posição, a 25 segundos do vencedor com o tempo de 1:52:28.0. No final, o nadador português considerou a “prova dura mas o resultado foi muito bom! Agora tenho de continuar a trabalhar para cada vez melhorar mais o meu nível”

Para o selecionador nacional de Águas Abertas, Daniel Viegas “O Balanço desta taça do mundo é muito positivo. Estiveram na disputa da prova muito próximos do 1o com muita competitividade. A prova foi violenta e com condições “pesadas”, de vento e ondulação agressiva, mas que os nossos nadadores até nem desgostam”. O responsável pela disciplina acredita numa boa prestação no final de maio no confronto direto com os nadadores que vão participar na qualificação olímpica, mostrámos uma grande evolução na prova masculina e confirmamos as possibilidades do sector feminino. Houve muitos países que não competiram nesta prova e temos de nos preparar para um nível altíssimo, e concluiu “depois de um ano sem competir a este nível, conseguimos que este teste fosse válido e, simultaneamente uma experiência positiva. Agora temos de nos concentrar e trabalhar estes dois meses e meio que faltam com responsabilidade e querer”.

FONTE FPN