De Gergely Csurka, membro do Comitê de Mídia da FINA

Na semana passada, a FINA publicou um resumo das atuações ??de Kristof Milak no Campeonato Húngaro, realizado de 23 a 27 de março na Duna Arena, local do Campeonato Mundial FINA de 2017, pela primeira vez na história.

Vamos dar uma olhada mais profunda no trampolim que o Campeonato Mundial de 2017 em casa tem sido para o craque da natação da Hungria em sua promissora carreira de nadador.

Budapeste 2017 foi o evento que empurrou Milak para os holofotes ao conseguir conquistar a medalha de prata nos 100m borboleta atrás de Caeleb Dressel (EUA), tornando-se o queridinho de uma nação como um novo herói de 17 anos.

Um mês depois, ele produziu uma campanha de 5 ouros no Campeonato Mundial Júnior de Natação da FINA em Indianápolis (EUA), incluindo duas vitórias nos revezamentos de estilo livre – 4×100, 4×200 -, o que nunca havia acontecido com equipes de natação húngaras em qualquer competição internacional antes, apenas para consolidar seu status como o novo ídolo da natação na Hungria.

Logo em 2018, Milak deu início aos seus 200m borboleta, marcando 1:52,7 primeiro no nacional (realizado em Debrecen), depois no Europeu em Glasgow (GBR). Desde que a era de tecidos tecnológicos foi reiniciada em 2010, apenas três dos maiores nadadores do estilo borboleta conseguiram cair abaixo de 1:53, embora nenhum deles pudesse fazer melhor do que 1:52,9 (Chad le Clos, RSA, ao vencer as Olimpíadas de 2012, depois Michael Phelps no US Open de 2015 e Laszlo Cseh, HUN, no Europeu de 2016). Novamente, desde 2010, apenas esses três nadaram uma vez cada um abaixo de 1:53.

Milak, teve aqueles dois 1:52,7s em 2018, então um ano depois veio aquele incrível nado que quebrou o recorde mundial com 1:50,73 em Gwangju, explodindo em aplausos de pé mesmo ao redor da piscina de aquecimento entre seus pares, para não falar sobre as arquibancadas.

2020 foi com o vento, embora no solitário encontro internacional de piscina longa  realizado antes do início da pandemia, no FINA Champions Swim Series, o japonês Daiya Seto, enviou uma mensagem da China com um brilhante 1:52,53. Milak não conseguiu responder – ele pulou aquele evento para se concentrar em seus preparativos para as Olimpíadas . Então perdeu o foco. “Bem, 2020 foi pelo ralo”, disse ele na semana passada.

“No outono, pequei o Covid, e isso me atingiu muito mal. Os piores foram os pós-efeitos, demorou meses para me livrar deles e não posso dizer que acabou completamente, mas pelo menos eu poderia começar a treinar sérios a partir de janeiro” acrescentou Milak que foi surpreendentemente derrotado pela medalha de bronze na RIO 2016 Tamas Kenderesi no campeonato nacional realizada em meados de dezembro do ano passado.

Apesar da pandemia e de ter contraído o vírus, Milak provou ao mundo mais uma vez no Campeonato Húngaro que está pronto para Tóquio em 2020.

FONTE FINA

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