Etiene Medeiros, Marcelo Chierighini, Breno Correia e Leonardo Santos vão as semifinais na Coréia do Sul
5 anos ago 0
Quarteto nadou bem as eliminatórias, disputadas na noite desta terça-feira (23.07) e avançou no Mundial de Gwangju nas provas de 50m costas, 100m livre e 200m medley. Brasil disputa três finais nesta quarta-feira
O quarto dia de eliminatórias da natação no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, disputado na manhã desta quarta-feira (24.07), na Coreia do Sul, noite de terça-feira (23.07), no Brasil, contou com a participação de cinco atletas brasileiros na piscina da Nambu University, entre elas a campeã mundial dos 50m costas, a pernambucana Etiene Medeiros.
Etiene deu o primeiro passo para defender o ouro conquistado em 2017, em Budapeste, na Hungria, quando ela se tornou a primeira nadadora do Brasil campeã mundial em piscina longa.
A brasileira nadou a última das cinco séries das eliminatórias, que reuniram 50 atletas em busca das 16 vagas para as semifinais, que serão disputadas na noite desta quarta-feira em Gwangju, manhã de quarta, no Brasil.
Etiene, que em Budapeste, em 2017, estabeleceu o recorde sul-americano da prova, com 27s14, fechou sua série com o tempo de 27s85 e avançou às semifinais com o segundo melhor tempo. A mais rápida foi a chinesa Yuanhui Fu, com 27s70.
“Foi a primeira caída minha na piscina na competição e acho que esses três dias que eu passei assistindo o pessoal do Brasil gerou um pouco de expectativa e ansiedade, o que é normal para o atleta”, ressaltou Etiene.
“Mas foi gostoso cair na água e nadar. É uma prova que eu amo, para a qual estou bem classificada para a semifinal e isso já é uma vitória. Agora é passo a passo e partir para encarar essa semifinal”, continuou a nadadora, beneficiada com a Bolsa Pódio do Governo Federal.
Etiene ainda falou sobre o fato de pela primeira vez na carreira nadar uma prova com o status de atual campeã mundial. Ela contou que isso não gera nenhuma pressão extra em Gwangju.
“Eu fico muito grata. O que eu fiz em Budapeste alavancou muita coisa dentro do Brasil, dentro natação feminina e dentro de mim. Foi muito gostosa essa vitória. Mas a gente não tem que viver do passado. Temos que viver o presente. Hoje eu sou vista como a campeã mundial, mas não chego aqui como a favorita nos 50m costas. Tem outras meninas. Tem a chinesa (Yuanhui Fu), tem a Kira (a holandesa Kira Toussaint, terceira colocada nas eliminatórias) e tem a britânica (Georgia Davies, quarta nas eliminatórias), que são bem fortes. É uma prova muito rápida, mas não sinto essa pressão”.
Dois na semi dos 100m livre
Os próximos brasileiros a nadar foram Marcelo Chierighini e Brenno Correia, nas eliminatórias dos 100m livre, que reuniram 123 atletas. Ambos já haviam se apresentado no revezamento 4 x 100m, quando o Brasil foi para a final, mas terminou na 6ª colocação, fora do pódio.
Marcelo nadou a 11ª série e fechou sua disputa com o tempo de 47s95 para se garantir nas semifinais com a terceira melhor marca. Apenas Marcelo, o norte-americano Caeleb Dressel (47s32), um dos favoritos ao ouro, e o russo Vladislav Grinev (47s92) nadaram as eliminatórias na casa dos 47 segundos. Já Breno correia fechou sua série com o tempo de 48s39 e se classificou em 7º lugar entre os 16 que disputam as semifinais.
“Eu gostei muito da minha prova. É minha segunda vez nadando para 47 segundos, a primeira foi no Maria Lenk, em abril, e isso para mim é um marco importante para me firmar e me acostumar a nadar para 47. Foi uma prova muito dura, tem bastante gente nadando muito forte e agora é tentar focar bastante para a semifinal, porque vai ser bem duro”, comentou Marcelo.
Já Breno confessou que ainda não tinha digerido o resultado do revezamento 4 x 100m, mas que a prova individual da distância serviu para aliviar a frustração. “Gostaria de agradecer a Deus, aos meus pais e meu técnico pelo resultado dessa eliminatória. Nosso revezamento não fizemos a prova que a gente esperava, a gente esperava brigar pelo pódio e foi bem difícil de assimilar esse sexto lugar. Ficou uma pontinha na minha cabeça rebatendo essa tecla do 4 x 100m. Mas ontem eu tive um dia de descanso para desestressar e botar a cabeça no lugar mais uma vez”, disse o nadador.
“Eu estava bem descansado hoje, tinha feito um bom treino ontem à tarde, então consegui encaixar bem os fundamentos que tinha conversado com meu técnico. Esperava quebrar a barreira dos 47, mas o tempo que fiz eu acredito que tenha sido minha segunda ou terceira melhor marca. Saio bem satisfeito com o resultado”, continuou Breno.
Os últimos a nadar foram Caio Pumputis e Leonardo Santos, nos 200m medley. Caio, 20 anos e em seu primeiro Mundial adulto, terminou sua série na oitava colocação, com 2min01s06, e acabou fora da semifinal. Já Leonardo fez o quarto melhor tempo de sua série, com 1min59s37, e avançou às semifinais com a 13ª melhor marca.
“Eu tentei nadar forte. Eu tenho um pouco de dificuldade para dar pela manhã. É sempre mais difícil, o corpo ainda está meio adormecido e eu tentei até acordar hoje bem mais cedo para chegar aqui mais ligado. Gostei do meu tempo, o primeiro passo foi dado, que era chegar à semifinal e agora vamos à noite tentar melhorar meu tempo para beliscar essa final”, disse Leonardo Santos.
Brasil nas finais
O Brasil tem boas chances de subir ao pódio nesta quarta-feira (24.07) pela quarta vez no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju e, assim repetir os feitos de Ana Marcela Cunha nas maratonas aquáticas, com dois ouros, nos 5km e nos 25km, e de Nicholas Santos, bronze nos 50m borboleta.
Na rodada da noite desta quarta-feira na Coreia, manhã de terça-feira (23.07) no Brasil, três brasileiros nadam as finais dos 50m peito masculino e dos 200m borboleta masculino.
Nos 50m peito, João Gomes Junior e Felipe Lima estão entre os oito que brigarão por medalhas. Eles tentam um feito inédito para a natação do país: chegar a uma dobradinha no pódio em Mundiais. O outro finalista é Leonardo de Deus, nos 200m borboleta.
Investimento
Dos 21 atletas que nadarão no Mundial de Gwangju, 15 são beneficiados pelo Bolsa Atleta do Governo Federal. São eles: Bruno Fratus, Pedro Spajari, Luiz Altamir Melo, Fernando Scheffer, Breno Correia, Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Leonardo Santos, Caio Pumputis, Brandonn Almeida, Diogo Villarinho, Guilherme Costa, André Calvelo, Etiene Medeiros e Viviane Jungblut. O investimento nesses atletas é de R$ 1,2 milhão por ano.
Desses 15 nadadores, dez recebem a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do programa, voltada para atletas com chances de medalha em Tóquio 2020. São eles: Brandonn Almeida, Bruno Fratus, Diogo Villarinho, Fernando Scheffer, Guilherme Costa, Guilherme Guido, João Lucas Gomes, Luiz Altamir Melo, Pedro Spajari e Viviane Jungblut. O investimento anual nesses atletas é de R$ 1 milhão.
No total, 263 nadadores de todo o país são bolsistas, fruto de um investimento de R$ 3 milhões por ano.
Fotos: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br
Luiz Roberto Magalhães, de Gwangju, na Coreia do Sul – rededoesporte.gov.br
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