Carol Santiago conquista 14º ouro do Brasil em Tóquio e país iguala campanha dos Jogos Rio 2016
3 anos ago 0
A pernambucana Carol Santiago conquistou mais uma medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Na manhã desta terça-feira, 31, a nadadora subiu ao lugar mais alto do pódio ao vencer os 100m livre (classe S12 -para atletas com deficiência visual). Com esta conquista, o Brasil chegou a 14 medalhas de ouro em Tóquio, igualando a marca obtida no Rio de Janeiro e ficando a sete de igualar o recorde que foi estabelecido em Londres (21 medalhas douradas).
Carol, que já havia conquistado o bronze nos 100m costas e o ouro nos 50m livre, ganhou os 100m livre com o tempo de 59s01, seguida por Daria Pikalova, do Comitê Paralímpico Russo (59s13) e pela britânica Hannah Russel (1min00s25). Outra brasileira presente na prova, Lucilene Sousa fechou a final em sexto lugar (1min02s42).
Histórico
A pernambucana nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico. Na seletiva brasileira de natação, em junho, Carol bateu o recorde mundial dos 50m livre.
Gabriel Bandeira
Depois de conquistar o ouro nos 100m borboleta, prata nos 200m livre e bronze no revezamento 4x100m misto, Gabriel Bandeira ficou com a prata nos 200m medley SM14 (para atletas com deficiência intelectual). Com o tempo de 2min09s56, o paulista foi superado pelo britânico Reece Dunn, que bateu o recorde mundial da prova (2min08s02). O ucraniano Vasyl Krainyk completou o pódio ao conquistar o bronze (2min09s92).
“Meu forte é a volta, final de prova. Eu acho que consegui distribuir bem [o ritmo], mesmo não conseguindo treinar os outros estilos muito [o forte dele é o borboleta]. Aproveitei bastante o submerso, que também é o meu forte, e deu certo”, disse Gabriel após a prova.
Histórico
Gabriel competia na natação convencional desde os 11 anos de idade. Após algumas dificuldades de evolução nos treinamentos, ele foi submetido a alguns testes, que constataram uma deficiência intelectual. Em 2020, Gabriel participou de sua primeira competição na natação paralímpica e, na ocasião, quebrou quatro recordes brasileiros. No começo deste ano, ele bateu seis recordes das Américas.
Além das 14 medalhas de ouro, o Brasil conquistou dez de prata e 15 de bronze em Tóquio – totalizando 39 pódios na capital japonesa. Na história, são 340 medalhas no total – 101 de ouro, 122 de prata e 117 de bronze.
Vale ressaltar que tanto Gabriel como Carol quebraram recordes paralímpicos em Tóquio. O paulista conseguiu o feito ao terminar os 100m borboleta em 54s76, enquanto a pernambucana quebrou o recorde dos 50m livre em duas oportunidades na capital japonesa: ela fez 26s87 nas eliminatórias e 26s82 na final.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro
Foto: Miriam Jeske/CPB
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