Quando participou na prova de 100 metros livres nos Jogos Olímpicos de 1964, em Tóquio, já depois de ter estado quatro anos antes em Roma, dificilmente Herlander Felga Ribeiro conseguiria imaginar que, cinco décadas depois, alguém muito próximo teria como principal objectivo seguir-lhe as pisadas. Mas também é verdade que, numa família ligada de forma transversal à natação em todas as gerações, o estranho era se isso não acontecesse.

“O meu avô esteve no Algés e treinou com Alexandre Yokochi, um dos maiores de sempre. Os meus pais também foram do Algés e do Belém. A minha irmã idem. A natação está no sangue da família e é também a esta modalidade que me quero dedicar para poder chegar aos Jogos de 2020, em Tóquio, como o meu avô”, atira João Vital, reforço do Sporting que chegou este ano do Colégio Monte Maior (antes passou por Algés e Belenenses) e conseguiu bater o recorde nacional júnior dos 1.500 metros livres no II Meeting Internacional do Algarve, onde os atletas do Clube conseguiram 22 medalhas.

“Quis ir para o Sporting porque está lá a minha grande referência, que é o Alexis”, explica o jovem nadador de 17 anos, que conseguiu com o registo de 15.09,03 os mínimos para o Campeonato da Europa de Piscina Curta de Dezembro, em Israel. “Ia com ideia de conseguir os mínimos mas a marca superou as minhas expectativas, não esperava estar tão bem durante toda a competição. Gostava também de bater o recorde nacional absoluto dos 1.500 metros”, ressalva o ‘leão’.

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Perfil do jovem atleta leonino João Vital no Jornal Sporting