Brasil tem melhor resultado na canoagem slalom em Olimpíadas com Ana Sátila

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Em sua quarta participação olímpica, a brasileira Ana Sátila chegou perto do pódio no K1 da canoagem slalom nos Jogos de Paris-2024 neste domingo. A brasileira de 28 anos terminou na quarta colocação, melhor resultado do Brasil na canoagem slalom em Jogos Olímpicos, a 1s75 da medalha de bronze.

A brasileira melhorou seu tempo da semifinal (102s23) e marcou 100s69, sem penalização, mas a terceira colocada, a britânica Kimberley Woods, completou o percurso em 98s94, também sem penalização. O ouro ficou com a australiana Jessica Fox (96s08) e a prata para a polonesa Klaudia Zwolinska (97s53), que foi a penúltima a descer o percurso e tirou Ana Sátila do pódio no final da disputa.

Líder do ranking mundial, Jessica Fox havia sido apenas a oitava na semifinal, mas conseguiu uma descida quase perfeita na disputa por medalhas e completou o percurso sem falta em 96,08. Dona de quatro medalhas olímpicas, ela conquistou seu primeiro ouro no caiaque. Ela tinha três pódios no caiaque (uma prata e dois bronzes) e um na canoa (ouro).

Atleta do Botafogo, Ana Sátila tinha como melhor colocação olímpica o 10º lugar no C1 (canoa) nos Jogos de Tóquio, em 2021. Ela ainda disputa a prova do C1 em Paris, na quarta-feira, e tem chance de cumprir uma profecia da mãe, Márcia. ‘Desta vez a medalha com certeza vem. É a hora de ela colher os frutos que vem batalhando por 17 anos’, afirmou a mãe, após a filha se classificar para a final deste domingo. Feliz pelo desempenho histórico, ela reconheceu que esteve muito perto de realizar o sonho de subir no pódio.

‘Estou feliz com a caminhada que tive até aqui. Trabalhamos muito e tive uma equipe muito dedicada. Mas é muito difícil, para um atleta olímpico, chegar tão próximo de uma medalha e não conseguir conquistar’, afirmou Ana. Passada a frustração, ela agora quer tirar lições desse momento difícil.

‘Quero analisar muito bem tudo o que aconteceu, ver onde eu perdi tempo, e voltar mais forte para competir no C1, e no caiaque cross com a cabeça no lugar’, comentou. Com duas categorias ainda para competir, a atleta disse que agora o momento é de manter o foco para conseguir mais resultados satisfatórios. ‘É levantar a cabeça nas provas que restam para continuar dando o meu melhor nos Jogos. Eu estou muito orgulhosa de tudo’, disse em tom emocionado.

fonte Estadão Conteúdo

Foto: Olivier Morin / AFP / CP