Já se passaram 20 anos e dois dias – 30 de março de 2001 – desde que Michael Phelps, o atleta olímpico mais condecorado de todos os tempos, entrou pela primeira vez nos livros de história da natação. No Campeonato Nacional dos Estados Unidos em Austin, Phelps quebrou seu primeiro recorde mundial com apenas 15 anos de idade.

Nos 200 metros borboleta marcou o tempo de 1:54,92. Assim, ele quebrou o recorde de 1:55,18 estabelecido por seu colega americano Tom Malchow nas seletivas olímpicas de 2000.

Nos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000, Phelps terminou em quinto lugar com 1:56,50. Ele e seu treinador Bob Bowman pretendiam fazer algo grande no Austin Championships, que serviu para se qualificar para o Campeonato Mundial de 2001. Bowman escreveu “WR Austin” em cada nota que deixou Phepls após as Olimpíadas de 2000.

Phelps em seu livro Beneath The Surface lembra-se assim: “Eu não tinha ganhado uma medalha (em Sydney) e isso me guiou nos próximos seis meses. Eu estava tentando fazer um gol. Eu precisava de um objetivo como um carro precisa de combustível. Eu estava desesperado para quebrar um recorde mundial e dizer que havia conseguido. Validar o trabalho que havíamos feito”.

Antes da prova, Bowman disse a Phelps para ficar com Malchow pelos primeiros 100 ou 150, “então mate-o no último e você terá uma grande chance.”

PHELPS / MALCHOW – SPLIT COMPARISON, 2001 U.S. NATIONALS

PHELPS                                  MALCHOW

26.47                                        25.69

55.61 (29.14)                         55.04 (29.35)

1:25.04 (29.43)                    1:24.60 (29.56)

1:54.92 (29.88)                    1:55.46 (30.86)

Esse recorde não durou muito. No Campeonato Mundial de Fukuoka, Phelps baixou o WR e se tornou o campeão mundial com 1:54,58. Phelps quebrou esse recorde mais sete vezes e manteve seu nome no recorde dos 200 m borboleta por 18 anos. Em 2019 chegou um jovem húngaro, Kristof Milak, que no Campeonato Mundial cancelou o nome de Phelps com o tempo de 1:50,73. É injusto comparar qualquer nadador a Phelps. Nos 200m borboleta, entretanto, Milak parece ter chegado ao ponto em que outra página da história pode ser escrita.

E tudo começou em Austin.

FONTE SWIM SWAM

BY GIUSY CISALE

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